Boas!
Segue na integra o belo post do Blog kid-bentinho:
Quando a Primeira Guerra Mundial começou, os exércitos da Europa ainda tinham o uso do cavalo como arma de combate em alta conta. Logo, porém, o terreno mortal que se formou em torno das trincheiras, tornou praticamente inúteis os ataques de cavalaria na Frente Ocidental. Contudo, a necessidade de constante reabastecimento, o deslocamento de novos e pesados armamentos e o transporte de tropas exigiam cavalos fortes em grande escala - automóveis, tratores e caminhões eram invenções relativamente novas e um tanto raras. As forças britânicas e francesas importaram cavalos de suas colônias e de seus aliados ao redor do mundo, o que gerou um fluxo constante de centenas de milhares de animais em todo os oceanos da Terra. Certa estimativa coloca o número de cavalos mortos durante os quatro anos de guerra em cerca de 8 milhões.
Outros animais também provaram o seu valor: cães tornaram-se mensageiros, sentinelas, fizeram parte das equipes de resgate e foram usados como pequenos animais de carga. Pombos atuaram como mensageiros e até mesmo (experimentalmente) como plataformas de reconhecimento aéreo. Mulas e camelos foram usados em vários teatros da guerra e muitos soldados tinham mascotes para ajudá-los a elevar o moral. Apenas um par de décadas mais tarde, no início da II Guerra Mundial, a maioria das tarefas militares antes realizadas por animais, estavam sendo feitas por máquinas. A guerra nunca mais dependeria tanto da força animal. Neste aniversário de 100 anos da Grande Guerra, é justo lembrarmos dos milhões de animais que foram arrastados para o conflito. Espero que as 45 fotografias dessa postagem cumpram esse papel. Para vê-las em tamanho grande, clique sobre elas.
Um solitário soldado em seu cavalo, durante uma patrulha de cavalaria na Primeira Guerra Mundial. No início da guerra, cada exército envolvido no conflito tinha a cavalaria como parte essencial de suas tropas. No entanto, o uso do arame farpado, o desenvolvimento das metralhadoras e da guerra de trincheiras, logo tornaram os ataques a cavalo muito mais caros e praticamente ineficazes na Frente Ocidental. Porém, em outros teatros como a Frente do Leste e no Oriente Médio, as unidades de cavalaria se mostraram eficientes durante toda a guerra.
Ataque com gás na Frente Ocidental, perto de Saint- Quentin, 1918. Um cão mensageiro alemão é solto por seu manipulador. Cães foram usados durante toda a guerra como sentinelas, batedores, nas equipes de resgate, como mensageiros e em muitas outras funções.
Soldados alemães posam junto a um cavalo que carrega uma estrutura construída especialmente para acomodar uma metralhadora russa Maxim M1910 completa, com rodas e caixa de munição.
Um soldado retira bandagens do estojo de primeiros socorros carregado por um cão britânico, 1915.
Um pombo com uma pequena câmera acoplada. Esses pássaros treinados foram usados experimentalmente pelo alemão Julius Neubronner para tirarem fotografias aéreas, antes e durante os anos de guerra; a captura de imagens aéreas era feita quando um mecanismo temporizador clicava o botão do obturador.
Desembarque de uma mula em Alexandria, no Egito, em 1915. A escalada da guerra levou a Grã-Bretanha e a França a importar cavalos e mulas do exterior. Os vulneráveis navios de transporte eram alvos frequentes da Marinha Alemã, o que quase sempre resultava na morte e no envio de milhares de animais para o fundo do mar.
Stubby foi o cão mais condecorado da Primeira Guerra Mundial e o único promovido a sargento por participar em combates. Levado até as linhas de frente, ele foi atingindo em um dos primeiros ataques com gás, o que lhe deu uma sensibilidade que mais tarde lhe permitiu alertar seus companheiros com antecedência, quando esse tipo de arma era utilizado. Além disso, Stubby ajudou a encontrar soldados feridos e capturou um espião alemão que tentava mapear as trincheiras dos aliados.
Membros do regimento de cavalaria Royal Scots Greys descansam os cavalos ao lado da estrada, na França.
Kemmel, Flandres Ocidental, na Bélgica. Na fotografia vemos o resultado do fogo de artilharia inimiga sobre ambulâncias alemãs em maio de 1918.
Hospital do Crescente Vermelho em Hafir Aujah, 1916.
Um cabo, provavelmente da equipe do Segundo Hospital Geral Australiano, carrega um coala, que talvez um seja um animal de estimação ou quem sabe um mascote, no Cairo, em 1915.
Exercícios da cavalaria turca na frente de Salônica, na Turquia, em março de 1917.
Um cão mensageiro carrega um carretel de fios para instalação de uma nova linha elétrica, setembro de 1917.
Um elefante indiano, do Jardim Zoológico de Hamburgo é usado pelos alemães em Valenciennes, França, para ajudar a mover troncos de árvore. Com a guerra a se arrastar, as bestas de carga tornaram-se escassas na Alemanha, por essa razão, alguns animais de circos e zoológicos foram requisitados para uso do exército.
Oficiais alemães em um automóvel seguem juntos com um comboio de carroças; soldados a pé podem ser vistos ao longo da estrada.
"Esses pombos-correio estão fazendo muito para salvar as vidas de nossos rapazes na França. Eles são mensageiros eficientes e também são utilizados por nossos aviadores para informar os resultados de suas observações. "
Pombos do exército belga. Pombais eram construídos atrás das linhas de frente, os pombos eram enviados para a frente de batalha e voltavam mais tarde com mensagens atadas às suas pernas.
Dois soldados com motos, cada um com um cesto de vime amarrado às costas. Um terceiro homem coloca um pombo em um dos cestos. No fundo há dois pombais móveis e uma série de tendas. O soldado do meio tem o emblema do Real Corpo de Engenheiros sobre as divisas, que mostram que ele é um sargento.
Uma mensagem é atada a um pombo-correio por tropas britânicas na Frente Ocidental, em 1917. Um dos pombos-correio da França, chamado Cher Ami, foi agraciado com o "Cruz de Guerra" pelo serviço heróico de entregar 12 mensagens importantes durante a Batalha de Verdun.
Um cavalo agoniza amarrado em um poste; o seu cavaleiro morrera atingido por estilhaços, fotografia de 1916.
O mascote felino do cruzador leve HMAS Encounter, olhando a partir do cano de um canhão de 6 polegadas.
O General Kamio, comandante-em-chefe do exército japonês, na entrada de Qingdao, em dezembro de 1914. A utilização de cavalos era vital para os exércitos em todo o mundo durante a Primeira Guerra Mundial.
Refugiados belgas deixando Bruxelas, seus pertences estão em uma carroça puxada por um cão, 1914.
A Divisão de Camelos Australiana entra em ação perto de Bersebá, em dezembro de 1917. Muitos destes homens morreram em menos de uma hora depois dessa fotografia ser tirada.
Na Frente Ocidental, vemos um artilheiro alemão morto e vários cadáveres de cavalos, a fotografia é de 1918. É difícil falar em números exatos, mas estima-se que 8 milhões de cavalos morreram durante os quatro anos de guerra.
A Cruz Vermelha alemã com seus cães de resgate seguindo para a frente de batalha.
Fotografia tirada na Valáquia, na Romênia.
Soldados belgas passeiam pela cidade de Deinze, Bélgica, no caminho para Gante, a fim de tentar conter a invasão alemã.
Um avanço alemão a oeste de Saint-Quentin, Aisne, na França. A artilharia puxada por cavalos avança através de posições britânicas capturadas, em 26 de Março de 1918.
Frente Ocidental, projéteis transportados a cavalo, 1916.
Camelos alinhados em um enorme bebedouro, em Asluj, na campanha palestina em 1916.
Um tanque britânico Mark V passa por um cavalo morto na estrada em Péronne, França, em 1918.
Um soldado lê uma mensagem trazida por um cão mensageiro, o animal atravessara a nado um canal, na França, durante a Primeira Guerra Mundial.
Cavalos requisitados para o esforço de guerra em Paris, França, 1915. Agricultores e suas famílias sofreram grandes dificuldades quando os seus melhores cavalos foram levados para a guerra.
Na Bélgica, após a Batalha de Haelen, um cavalo sobrevivente é usado na remoção de outros que morreram no conflito.
Um cão treinado para procurar soldados feridos sob o fogo inimigo, 1915.
Na fotografia acima vemos a cavalaria argelina, que fazia parte do exército francês, acompanhando um grupo de prisioneiros alemães capturados no oeste da Bélgica.
Um cossaco russo, em posição de tiro, atrás de seu cavalo, 1915.
Artilharia sérvia em ação na frente de Salônica, em dezembro de 1917.
Um cavalo amarrado é abaixado para ser operado, por causa de um ferimento de bala. Valdahon, Doubs, na França.
O 6º regimento de cavalaria australiano, marchando em Sheikh Jarrah, a caminho para o Monte Scopus, em Jerusalém, em 1918.
Cavalos da cavalaria francesa atravessam um rio no norte da França.
Cavalos mortos e uma carroça quebrada em Menin Road, à distância vemos tropas; fotografia tomada no setor de Ypres, na Bélgica, em 1917. Cavalos significavam poder e agilidade, eles transportavam armas, equipamentos e pessoas; eram alvejados pelas tropas inimigas para enfraquecer o outro lado ou eram capturados para serem colocados a serviço de outro exército.
Um cachorro carregando um pombo-correio, momentos antes de ser enviado para a linha de frente.
Sabemos que toda a natureza criada geme até agora, como em dores de parto. - Romanos 8:22
http://kid-bentinho.blogspot.com.br
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