Os Banhos
dos Incas – História da Piscina – parte VII
Imagine
como os conquistadores espanhóis se sentiram quando invadiram o continente
americano, fazendo contato com os povos pré-colombianos. Eles encontraram
culturas ingênuas com armas primitivas e rituais religiosos sangrentos. Em
contrapartida estas culturas mantinham uma agricultura de alto nível, uma
sociedade altamente organizada e destacaram-se nas artes, na arquitetura, em
matemática e nos conhecimentos astrológicos.
Mas o que
deixava os espanhóis certamente confusos, era a higiene pessoal destes povos.
Enquanto a cidade de Londres, na Inglaterra, até o ano de 1854 ainda tirava sua
água de beber do poluído rio Thames, os astecas já abasteciam suas cidades com
água encanada trazida das montanhas próximas, conforme relatos do Hernan Cortez
em 1520. Os ´´Spaniards´´, na maioria das vezes, se recusaram a usar água para
se lavar, temendo atrair doenças como a peste, enquanto os aztecas usavam
flores e sabonete para limpar seus corpos e bocas. Os espanhóis faziam o mesmo
com sua própria urina.
Estes
povos, massacrados e subjugados pelos conquistadores sanguinários, valorizavam
a higiene pessoal. O conquistador Andrés de Tapia comenta em seus diários, num
tom de surpresa, que o imperador Montezuma se banhava duas vezes ao dia. Para
os aztecas não havia nada de estranho nisso, pois muitos se banhavam todos os
dias nos rios, lagos e tanques, como relato do historiador Jesuíta Francisco
Javier Clavijero.
Os
conquistadores, após subjugados e pilhado tudo e todos, onde passavam,
invadiram por fim o estado-nação Inca, liderado por Pizarro e um punhado de
homens, em 1532. A lenda diz que a notícia da invasão correu em um tempo
recorde pelo engenhoso sistema de estradas deste magnifico império andino.
Chegou aos ouvidos do poderoso imperador Atahualpa e sua corte, bem no momento
que estavam cultivando os seus banhos preferidos.
Engenhosamente
projetados, estes tanques apontam para outro percursor dos nossas piscinas de
hoje. Construídas para recreação e descanso dos membros dos cortes das Incas,
suas águas eram medicinais a atraíam pessoas do mundo inteiro até os dias de
hoje. A menos de dez quilômetros em direção oeste da cidade de Cajamarca no
Peru, podemos até hoje, encontrar os complexos de tanques, outrora lugar
esplendoroso com jardins e lugares de descanso, conhecidos como ´´Los Banhos de
los Incas´´.
Observe no desenho ao lado os detalhes da construção deste esplendoroso legado
dos Incas:
http://revistapiscinaseafins.com.br/blog/?p=339
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