quinta-feira, 9 de junho de 2022

Banho dos Incas

 

Os Banhos dos Incas – História da Piscina – parte VII

Imagine como os conquistadores espanhóis se sentiram quando invadiram o continente americano, fazendo contato com os povos pré-colombianos. Eles encontraram culturas ingênuas com armas primitivas e rituais religiosos sangrentos. Em contrapartida estas culturas mantinham uma agricultura de alto nível, uma sociedade altamente organizada e destacaram-se nas artes, na arquitetura, em matemática e nos conhecimentos astrológicos.

Mas o que deixava os espanhóis certamente confusos, era a higiene pessoal destes povos. Enquanto a cidade de Londres, na Inglaterra, até o ano de 1854 ainda tirava sua água de beber do poluído rio Thames, os astecas já abasteciam suas cidades com água encanada trazida das montanhas próximas, conforme relatos do Hernan Cortez em 1520. Os ´´Spaniards´´, na maioria das vezes, se recusaram a usar água para se lavar, temendo atrair doenças como a peste, enquanto os aztecas usavam flores e sabonete para limpar seus corpos e bocas. Os espanhóis faziam o mesmo com sua própria urina.

Estes povos, massacrados e subjugados pelos conquistadores sanguinários, valorizavam a higiene pessoal. O conquistador Andrés de Tapia comenta em seus diários, num tom de surpresa, que o imperador Montezuma se banhava duas vezes ao dia. Para os aztecas não havia nada de estranho nisso, pois muitos se banhavam todos os dias nos rios, lagos e tanques, como relato do historiador Jesuíta Francisco Javier Clavijero.

Os conquistadores, após subjugados e pilhado tudo e todos, onde passavam, invadiram por fim o estado-nação Inca, liderado por Pizarro e um punhado de homens, em 1532. A lenda diz que a notícia da invasão correu em um tempo recorde pelo engenhoso sistema de estradas deste magnifico império andino. Chegou aos ouvidos do poderoso imperador Atahualpa e sua corte, bem no momento que estavam cultivando os seus banhos preferidos.

Engenhosamente projetados, estes tanques apontam para outro percursor dos nossas piscinas de hoje. Construídas para recreação e descanso dos membros dos cortes das Incas, suas águas eram medicinais a atraíam pessoas do mundo inteiro até os dias de hoje. A menos de dez quilômetros em direção oeste da cidade de Cajamarca no Peru, podemos até hoje, encontrar os complexos de tanques, outrora lugar esplendoroso com jardins e lugares de descanso, conhecidos como ´´Los Banhos de los Incas´´.
Observe no desenho ao lado os detalhes da construção deste esplendoroso legado dos Incas:
02 História da piscina Edi 07

http://revistapiscinaseafins.com.br/blog/?p=339

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